Se o inferno existisse
Não acredito em céu e inferno. Só que tem dias que eu queria muito acreditar que o inferno existisse, só para ter certeza que algumas pessoas penariam por lá pela eternidade.
Não tenho o menor intuito moral de sair por aí dizendo quem presta e quem não presta. Cada um que viva sua vida. Talvez um ou outro político… ;) Só que tem certos tipos que me tiram do sério, de verdade.
O primeiro são os falsificadores de remédio. Tem tanta gente ruim assim no mundo, como essas que visam lucrar falsificando remédios contra o câncer?
Tem.
O povo ilhado em Franco da Rocha, SP, está enfrentado um problema extra: saqueadores. Eles entram nas casas abandonadas às pressas, de barco! As pessoas perdem suas casas, seus móveis, e o pouco que poderia ser salvo é roubado.
E vem mais por aí.
Depois das tragédias, chega a temporada de arrecadação de donativos. Nunca me esquecerei daquela reportagem que mostrou gente indo aos barracões que armazenavam roupas, calçados e cobertores após a tragédia que se abateu sobre Santa Catarina tempos atrás. Gente bem vestida, bem alimentada, escolhendo as melhores peças doadas e levando-as embora, em seus automóveis… gente que se propôs a trabalhar como voluntária, furtando aquilo que deveria distribuir a quem precisa.
Não consigo encontrar um adjetivo adequado para essas pessoas. Ah, como eu queria que o inferno existisse!